terça-feira, 8 de julho de 2014

DIFERENCIANDO SEXO E SEXUALIDADE ORIENTAÇÃO E EDUCAÇÃO SEXUAL

              

          Meu trabalho final de curso da minha primeira graduação, Pedagogia, tinha como objetivo pesquisar entre os professores do 1º- ao 5º- ano se eles sabiam diferenciar sexo e sexualidade e educação e orientação sexual. Discutir este tema em sala de aula de forma interdisciplinar é uma das propostas dos Parâmetros Curriculares Nacionais que coloca a Orientação Sexual como um tema Transversal, ou seja, que deve atravessar ou estar presente em todo o currículo escolar. Desta forma, minha postagem de hoje tem por objetivo discutir a diferença entre esses conceitos que para alguns podem ter o mesmo significado mas veremos que não. Sei que existem muitas pessoas que estão atentas a esses diferenças mas há outras que podem não saber, afinal não somos obrigados a saber tudo não é mesmo? Por isso ai vai a dica de hoje.
A DIFERENÇA ENTRE SEXO E SEXUALIDADE?
A maior parte das pessoas, ao pensar na palavra “sexualidade”, logo se remete ao ato sexual em si e aos aspectos da reprodução. No entanto existe uma grande diferença entre esses dois termos:
SEXO: se restringe aos aspectos físicos e biológicos refere-se as partes sexuais do homem (pênis) e da mulher (vagina)
SEXUALIDADE: vai muito além dos aspectos biológicos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não do orgasmo”. Ela abrange a identidade sexual (masculina e feminina), a percepção do prazer, os afetos, a autoestima, a anatomia, as alterações físicas e psicológicas ao longo da vida, a saúde sexual, entre diversas questões. Poderíamos resumir a sexualidade na seguinte definição: é a maneira de cada indivíduo se descobrir e descobrir os outros.
Atualmente, entende-se a sexualidade como uma experiência individual, que deveria ser encarada e respeitada como um processo pessoal e natural. É claro que os comportamentos e a percepção da sexualidade acabam sendo influenciados pelo contexto sociocultural e histórico. Fatores como crenças, valores, moral, religião e imposição de papéis sexuais tendem a moldar a relação entre a pessoa e a sua própria sexualidade
Não raras vezes, o peso das imposições externas levam a conflitos internos, crises de identidade, angústia e julgamento social. E é aí que entram os preconceitos em relação ao que é diferente do que sempre estabeleceu-se como padrão. As manifestações de intolerância - desde as “brincadeiras” do dia a dia até os casos mais graves de violência e de atos criminosos - são sintomas infelizes dos nossos tempos atuais, em que se procura buscar um discurso de respeito e boa convivência em relação à diversidade sexual, mas que esbarra numa difícil convivência entre as várias ideias e convicções a respeito dessa característica tão humana e natural que existe desde que o mundo é mundo.
A DIFERENÇA ENTRE EDUCAÇÃO E ORIENTAÇÃO SEXUAL
         A Orientação sexual é aquela que é feita, ou que pelo menos deveria ser,  na escola pois trata de temas sobre aborto, métodos anticoncepcionais e anatomia do corpo.
         Já a educação sexual é algo para ser feito em casa porque é o momento de tirar dúvidas e esclarecer aos filhos sobre o valor e o respeito ao corpo.
AGORA VEJAMOS ALGUMAS DICAS DE COMO TRABALHAR ISSO NA SALA DE AULA
 
1- LINGUA PORTUGUESA: podem ser realizados leituras e interpretação de textos sobre o tema produções textuais, pesquisas, promoção de debates etc.
2- MATEMÁTICA: analise de gráficos sobre o número de adolescentes gravidas no Brasil, número de abortos, propor problemas envolvendo esses temas como pesquisar a região onde há maior índice de adolescentes grávidas, onde é maior o numero de abortos. Esses dados podem ser facilmente encontrados em pesquisa na internet. Os alunos poderão produzir cartazes com os gráficos produzidos e apresentar a turma.
3- CIÊNCIAS: trabalhar os órgãos sexuais masculino e feminino, doenças sexualmente transmissíveis, formas de prevenção de uma gravidez precoce. Os aluno poderão apresentar os temas em forma de seminários debates, poderão construí cartazes, panfletos de orientação para serem distribuídos na escola etc.
4- EDUCAÇÃO FÍSICA: na disciplina educação física poderá ser discutido os cuidados que devemos ter com o nosso corpo para mantê-lo saudável através da higiene pessoal, boa alimentação, pratica de atividades físicas, pode ser trabalhado aqui também o uso indevido de anabolizantes pelos jovens e seus perigos como por exemplo a possibilidade do homem ficar impotente sexualmente.
5- HISTÓRIA: Dentro da história pode-se trabalhar os movimentos feministas e sua importância para a emancipação da mulher, o papel da mulher e do homem em cada fase da história, a ideia que se tinha de corpo em cada época da história. Trabalhar a questão de gênero.
6- ENSINO RELIGIOSO: Trabalhar a ideia que cada religião possui sobre a questão do sexo antes do casamento.
7- ARTES: Como o corpo masculino e feminino foi trabalhado e visto em cada fase da arte, quais foram os artistas da área da pintura, da escultura que mais utilizaram o corpo humano como forma de expressar a arte.
 
OBSERVAÇÃO: Vale ressaltar que cada disciplina deve adequar as atividades de acordo com o nível de seus alunos considerando série/idade.
 
             PORTANTO FICA A DICA E ESPERO QUE POSSA SERVIR PARA ALGUÉM!
 
 

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