A
escola é um espaço de formação que tem por objetivo não só formar os alunos nas
áreas cientificas mas também formar pessoas, seres humanos que saibam respeitar
e valorizar as diferenças existentes entre cada um sejam elas econômicas,
políticas, sociais, religiosas e culturais. Na maioria das vezes são essas “diferenças”
que levam a praticas de violência físicas, verbais dentro do espaço escolar. E
a este tipo de violência que atualmente denominamos de bullying.
Bullying
é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais
ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou
mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa
valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como
ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Além
de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e
adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas
podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que
influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega
a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções
trágicas, como o suicídio.
Querer ser mais popular,
sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo.
Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações
ou depreciações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em
diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir.
Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou
antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
O alvo costuma ser uma criança ou
um jovem com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no larAlém
dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar
particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais,
étnicos e religiosos.
Ao surgir uma situação em sala, a
intervenção deve ser imediata. Se algo ocorre e o
professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de
um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar
respeito e dar o exemplo. O professor pode identificar os atores do bullying:
autores, espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas
no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma piada
aceitável e uma agressão. "Isso não é tão difícil como parece. Basta que o
professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me
sentiria se fosse chamado assim?
Para
evitar o bullying a escola deve:
-Conversar
com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
-
Estimular os estudantes a informar os casos;
-
Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
-
Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o
regimento escolar;
-
Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
-
Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do
bullying.
O foco deve
se voltar para a recuperação de valores essenciais, como o respeito pelo que o
alvo sentiu ao sofrer a violência. A escola não pode legitimar a atuação do autor da
agressão nem humilhá-lo ou puni-lo com medidas não relacionadas ao mal causado,
como proibi-lo de frequentar o intervalo.
Já o alvo precisa ter a autoestima fortalecida e sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o ocorrido. Ainda é preciso conscientizar o espectador do bullying, que endossa a ação do autor. ''Trazer para a aula situações hipotéticas, como realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscientizar toda a turma.
Já o alvo precisa ter a autoestima fortalecida e sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o ocorrido. Ainda é preciso conscientizar o espectador do bullying, que endossa a ação do autor. ''Trazer para a aula situações hipotéticas, como realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscientizar toda a turma.
A
exibição de filmes que retratam o bullying, como ''As melhores coisas do
mundo'' (Brasil, 2010), da cineasta Laís Bodanzky, também ajudam no
trabalho. A partir do momento em que a escola fala com quem assiste à
violência, ele para de aplaudir e o autor perde sua fama
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