As fotografias podem se tornar um recurso
didático de alta eficiência, principalmente através das modernidades que
circulam pelas salas de aula, como os aparelhos celulares.
Segundo pesquisas do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), a quantidade de estudantes que portam
aparelhos celulares chega a atingir a média de 36%, sendo que nas regiões
metropolitanas esse número é ainda maior.
Sendo assim, ao
invés de proibir o uso dos aparelhos, porque não criar um projeto de trabalho
que vise o aproveitamento de recursos tecnológicos, através das fotografias?
Sem sombra de dúvida, essa atividade proporcionará grande entusiasmo nos alunos
e as aulas se tornarão muito mais atrativas para os mesmos, além de fazer do
trabalho docente uma mola propulsora para o aprender.
O desenvolvimento do trabalho irá
envolver aspectos da interdisciplinaridade, através da história da fotografia,
conceitos básicos de óptica e semiótica, discussões acerca das pesquisas,
relatórios descritivos do andamento do projeto, registro em ata das aulas,
dentre várias outras formas de se envolver o grupo.
O primeiro passo é conversar sobre a
ideia de se trabalhar com o uso de celulares, exclusivamente para fotografias e
vídeos, propondo pesquisas sobre o tema.
Fazer um roteiro
das datas e das atividades que serão desenvolvidas nas mesmas é uma forma de
ajudar os alunos a se situarem no tempo, a fim de prepararem os materiais
necessários para o desenvolvimento do projeto.
Ao início podem discutir sobre a história
da fotografia e do cinema mudo, criando momentos em que a turma assista a um
filme antigo, como os de Charlie Chaplin. Cabe, após esse momento, a análise de
fotos em preto e branco, comparando-as às coloridas.
Numa outra
ocasião, em sala, discutirão sobre o site de vídeo mais popularmente conhecido,
fazendo análises de filmes montados a partir de imagens.
Cada aluno deverá pesquisar e montar uma
linha do tempo sobre a história de sua família, adaptando cada foto a um texto
explicativo da mesma. Depois de coletado o material, deverão editar um filme
num programa apropriado, apresentando-o como trabalho individual.
Em seguida discutirão sobre como acontece
o processo fotográfico, construindo uma câmara escura (ou pinhole), com uma
caixa de papelão e papel fotográfico, bem à moda antiga. Se quiserem, poderão
convidar um fotógrafo do tipo “lambe-lambe” para apresentar os recursos que
utiliza para fotografar.
A partir desses conceitos e
aprendizagens, formulação de ideias, novas descobertas, troca de conhecimentos
e discussões, escolherão um tema para fotografar e montar um filme coletivo.
Para o mesmo, cada aluno apresentará uma única foto, a fim de que a mesma
componha o filme.
As fotos serão reveladas ou impressas
para que os alunos organizem a série, fazendo uma prévia do filme. Com o
material em mãos poderão trocar as fotos de lugar, até conseguirem montar uma
estrutura de imagens que faça sentido, que deverá ser afixada no mural ou nas
paredes da sala. Depois, é só partir para a edição do filme, na sequência
escolhida.
Por Jussara de BarrosGraduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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